JARRE PUBLICA “MAKING OF” DO CONCERTO DE VERSALHES
Com um pequeno atraso de um dia, Jean-Michel Jarre publicou em seu canal no YouTube, o “Making of” de seu concerto no Palácio de Versalhes, realizado em 25 de dezembro de 2023. Com legendas em inglês e 16 minutos de duração, o vídeo está disponível desde o dia 26 de fevereiro:
Fonte: Jean-Michel Jarre
JARRE E SUA IRMÃ PERDERAM NA JUSTIÇA O DIREITO PELA HERANÇA DE MAURICE JARRE
Jean-Michel Jarre e a sua irmã Stéfanie, que contestaram perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos as decisões dos tribunais franceses que os privaram da herança do pai, o compositor Maurice Jarre, perderam a batalha. A justiça francesa decidiu em 2017 que Maurice Jarre tinha o direito de deserdar Jean-Michel Jarre e Stéfanie. O Tribunal confirmou esta opinião no dia 15 de fevereiro.
“O Tribunal não vê […] nenhuma razão para afastar do raciocínio dos tribunais (franceses) na medida” em particular quando o Tribunal “nunca reconheceu a existência de um direito geral e incondicional dos filhos a herdar parte da sua propriedade dos pais”, indica o Tribunal na sua sentença, proferida por unanimidade pelos sete juízes.
Os tribunais franceses “verificaram que os requerentes não se encontravam numa situação de precariedade ou necessidade econômica”, prossegue o Tribunal sediado em Estrasburgo, que concorda com a justiça francesa. Este estimou que Maurice Jarre tinha o direito de deserdar Jean-Michel Jarre, de 75 anos, e sua irmã Stéfanie, de 58 anos.
Morando na Califórnia (EUA), Maurice Jarre legou todos os seus bens à última esposa, Fui Fong Khong, através de um “family trust”, estrutura jurídica prevista na lei californiana, que os dois requerentes tinham, em vão, contestado perante os tribunais franceses.
Na lei francesa, teoricamente não se pode deserdar um dos filhos, em virtude do princípio da “reserva hereditária” que não existe na lei californiana. Mas no caso de Maurice, o Tribunal de Cassação decidiu em 2017 que ignorar esta “reserva hereditária não era, em si, contrário à ordem pública internacional francesa”. Resumindo: este não é necessariamente um princípio essencial de acordo com o mais alto tribunal francês. Este último considerou que a lei francesa não deveria ser aplicada à da Califórnia neste caso.
Com base nesta opinião do juiz, o advogado de Stéfanie e Jean-Michel Jarre, Nicolas Olszak, anunciou que irá solicitar o encaminhamento do caso para a grande seção do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Os seus clientes recordam que a sua luta perante os tribunais franceses também visa impedir a transferência para o estrangeiro dos direitos morais sobre as obras musicais do pai. Como resultado de sucessivas decisões judiciais, outras famílias francesas podem agora ser privadas de qualquer direito de revisão da utilização que será feita das obras dos seus familiares falecidos no estrangeiro.
Fontes: leprogres.fr |ouest-france.fr
JARRE ESTEVE EM BARCELONA PARTICIPANDO DO “MOBILE WORLD CONGRESS”
O “Mobile World Congress Barcelona” (MWC) é o maior e mais influente evento de conectividade do mundo, que leva tecnologia de ponta ao lado dos visionários mais influentes da atualidade, com presenças importantes, desde parceiros de conhecimento da “Connected Industries” até palestras no palco principal e demonstrações experimentais. Realizado entre os dias 26 e 29 de fevereiro, o MWC auxiliou os agentes de conectividade do mundo a aproveitar as facilidades do crescimento, como a IA e os ecossistemas, para operar com eficiência, acelerar a inovação e a escalar de forma eficaz, ao mesmo tempo em que as demandas do mundo conectado são atendidas.
Jean-Michel Jarre esteve presente no primeiro dia no “Qualcomm XR State of the Union”, onde falou sobre experiências XR para música e entretenimento.
Fontes: accenture.com|Bruno Mathieu|Max Weinbach
MICHEL GRANGER INAUGURA NOVA OBRA EM LE CREUSOT
Foi inaugurada no dia 2 de fevereiro em Le Creusot (comuna francesa na região administrativa de Borgonha-Franco-Condado), no cruzamento das ruas Foch/Verdun, uma nova obra de arte de autoria do artista Michel Granger, que é o autor de vários artworks de capas dos discos de Jean-Michel Jarre.
Intitulada “Voyageurs”, a obra tem 174 pedras de vidro inseridas no metal, cada uma com seis pontos de soldagem e fixação que permitem a passagem da luz. Obviamente, como acontece com toda obra de arte, cada uma tem a sua apreciação e crítica. Algumas pessoas vão adorar, outras não. A cultura existe para desafiar o consciente e o inconsciente. Mas uma coisa é certa: “Voyageurs” de Michel Granger deixará uma marca duradoura em Le Creusot durante décadas.
Galeria de fotos (clique nas imagens para ampliar):
Como surgiu a ideia de criar esta obra monumental?
“Quando cheguei a Le Creusot, não tinha uma ideia preconcebida do que poderia fazer por vocês. Após minhas discussões com o prefeito David Marti, decidi fazer este trabalho. Pedi então para visitar Le Creusot e mais particularmente as suas empresas industriais. Quando testemunhei uma operação de laminação na fábrica de chapas metálicas da Industeel, senti que precisava trabalhar em uma ou mais chapas.”
Para que ?
“Não há uma única chapa de metal na cidade, embora Le Creusot já a produza há muito tempo. O aço e a chapa metálica, foram o ponto de partida. Eu já tinha a verticalidade. E depois fui ao Château de la Verrerie, vi que tinha vidro e perguntei porquê. E então disse a mim mesmo que iria integrar o vidro ao metal. Para mim houve uma verdadeira coerência. Eu tive meus suportes graficamente. Vidro e metal são fogo. Eles têm isso em comum. Propus então vários esboços ao Sr. Marti. Minha ideia de trazer à tona um personagem com vidro inserido na chapa é porque não existe indústria sem humanos. Nesta folha eu imagino um humano. Mas vai além dos humanos. É a galáxia. São realmente estrelas. No coração do personagem, a gente vê uma Terra, porque para mim incluir a Terra significa que todos estão preocupados. A Terra é a paisagem das paisagens. A dificuldade estava na forma de desenhar o personagem. Não havia necessidade de um homem ou uma mulher esta noite. Tinha que ser um reflexo de quem trabalha na indústria. E há mulheres e homens. Havia também duas mulheres na laminadora. Foram eles que administraram as referências. O personagem tinha que evocar o humano…”
Foi uma história de gênero?
“Absolutamente não. Eu diria até: muito pelo contrário. Essa não é a ideia. É o ser humano que está presente. Depois de um trabalho realizado como esse, uma vez finalizado, ele não me pertence mais.”
Você está feliz com o resultado?
“Não cabe a mim ser feliz. Estarei se o povo de Le Creusot assumir a responsabilidade. Se esta se tornar a paisagem das pessoas daqui. A partir daí, acho que a escultura terá sucesso.”
O que você gostou neste desafio?
“Em primeiro lugar, trabalhar com pessoas que me deram muito. No começo gostei de todo o trabalho solitário da oficina. Trabalhei durante um ano para criar esse personagem muito simples. Gostei de criar tecnicamente esta obra monumental.”
Não há um elemento de poesia neste trabalho…
“Eu penso. Porque a poesia é inerente a este trabalho, porque trabalha muito com a luz. Mas em oposição ao metal, que é bruto, severo, pesado, forte, enferrujado e ao vidro, que é frágil e deixa passar a luz. Existem essas duas leituras opostas, de plenitude e de vazio. É necessariamente poético porque é um personagem que avança. É a Terra, é o universo. Um filósofo que acompanhou o trabalho no Facebook me disse que foi uma epifania. Ninguém sabia que era vertical.”
Quantos buracos existem?
“174. Inicialmente eram 183 no meu desenho. Não consegui fazer, porque com as notas de cálculo havia buracos que poderiam enfraquer. Há sempre três centímetros entre duas perfurações.”
Como você fez isso?
“Eu desenhei dezenas e dezenas de esboços. Depois passei para folhas grandes. Mandei escaneá-los e ampliá-los em um laboratório. E em Courbertin a folha tinha todos os círculos desenhados. Colocamos todas as pedras em vidro.”
Na sua carreira, você imaginou trabalhar com chapas metálicas, apesar de sempre ter uma por perto?
“Não. Mas eu te disse: ficou claro quando fui para a laminadora. Esta obra é um menir, um totem. Sim, um totem. Não muito longe, ao lado fica a grande lareira, que é um totem da indústria. Um farol. Sempre adorei a indústria. Me formei como técnico. Tenho diploma de mecânico ajustador de tear. Fui mal na escola e fui mandado para a escola técnica no Lycée Carnot em Roanne. Fiz estágios em fábricas de tecelagem. Cheguava às 6 horas, com a lata de óleo untei os teares. Eu disse a mim mesmo que isso não iria funcionar. Trabalhei muito para ir para Beaux Arts. Isso me ajudou, porque para esse trabalho eu tinha a linguagem.”
Qual nome você prefere?
“Mesmo que eu fale frequentemente de escultura, por hábito, costumo dizer obra monumental. Com o sol e, a partir de março, a iluminação, veremos muito bem!”
Reportagem da TV francesa:
Fontes: Michel Granger|creusot-infos.com|Ville du Creusot|Riva Lima
EXPOSIÇÃO AMAZÔNIA CHEGA A TRIESTE, NA ITÁLIA
O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado inaugurou no dia 28 de fevereiro sua mostra Amazônia em Trieste, na Itália. A exposição imortaliza a riqueza e a variedade da Floresta Amazônica, além do modo de vida da população local.
“Espero que a minha exposição não constitua um relato histórico de um mundo desaparecido, mas que sirva para atrair a atenção de todos para proteger esse espaço”, disse o fotógrafo.
Para ele, esse imenso patrimônio natural pode ser perdido, mas também pode ser conservado. Depende só de nós: “Devemos entrar em acordo, todos juntos, para proteger essas florestas. São justamente elas que fornecem a madeira a todos nós com o desmatamento, depois o solo desmatado vira cultivo de soja para engordar os porcos que vocês vão comer na Itália, por exemplo”, lembrou.
“Mas a Amazônia é um espaço importantíssimo, é o maior espaço do mundo a fornecer umidade, e correntes de ar de que precisamos para sobreviver, é o maior receptáculo de biodiversidade e o maior reservatório de água doce do planeta. Então, depende de todos nós atrair a atenção e conservar esses espaços”, acrescentou.
São mais de 200 fotos, com o característico preto e branco, dos imensos panoramas amazônicos, e dos povos yanomami, kuikuro e waurá, em atividades cotidianas ou posando para Salgado.
A curadoria é da mulher de Sebastião, Lélia Salgado, e o percurso expositivo contará com a trilha sonora original de Jean-Michel Jarre.
O grande brasileiro viajou pela Amazônia por sete anos, conviveu com 12 etnias indígenas, e fez de suas fotos uma mensagem global para mostrar a potência da natureza, mas também sua fragilidade, e lançar um alerta à raça humana sobre os perigos da destruição desse ecossistema.
A mostra, espalhada por 2 mil metros quadrados, tem no centro três ocas, reconstruindo o ambiente indígena. “Amazônia” foi visitada por mais de 1,4 milhão de pessoas em Paris, Roma, Londres, São Paulo, Manchester (Rápido & Rasteiro de abril de 2022), Avignon (Rápido & Rasteiro de julho de 2022), Rio de Janeiro, Califórnia, Zurique (Rápido & Rasteiro de junho de 2023), Milão (Rápido & Rasteiro de maio de 2023) e Madrid.
Vídeos:
Fontes: terra.com.br|Telequattro e TV 12|Radio Punto Zero Tre Venezie
NOTA DE FALECIMENTO
Mais uma perda para nós do Jarrefan Brazil. Faleceu recentemente o jarrefan brasileiro Fernando Costalonga (Fernando Costa – Tecladista), que fazia parte da nossa comunidade. Descanse em paz!
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