A Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac) lançou seu Relatório Global de Arrecadação de 2016, sobre a remuneração dos criadores no ano de 2015. Esta publicação agrega dados financeiros oriundos das 239 sociedades membras da organização, representando mais de 4 milhões de criadores de música, obras audiovisuais, dramáticas e de artes visuais em 123 países. Pela primeira vez, o relatório também consolida os valores dos principais editores da indústria de música digital nos principais mercados.
O relatório mostra que o total de direitos arrecadados cresceram pelo terceiro ano consecutivo com 8,6 milhões de euros, um aumento de 8,9% em relação a 2014 e superando a marca dos oito milhões de euros. A arrecadação de música representou quase 90% deste valor (7,5 bilhões de euros) e tiveram aumento de 8,5% em relação ao ano anterior. Outros repertórios também experimentaram um forte crescimento: os direitos audiovisuaisaumentaram em 15,1% e os direitos de artes visuais registram um crescimento de 27,4%.
A arrecadação pelos serviços digitais saltou 21,4% representando 7,2% do total de direitos arrecadados no mundo. A nova edição do Relatório Global de Arrecadação da Cisac oferece uma análise aprofundada das tendências do mercado com uma atenção especial para a arrecadação de sociedades e editoras de música oriundas das plataformas digitais musicais nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Suécia.
O presidente da Cisac e pioneiro da música eletrônica Jean-Michel Jarre declarou:
“Em 2015, as organizações membras da Cisac arrecadaram mais de 8,6 bilhões de euros, um recorde na história da confederação. Este relatório tão positivo é muito importante para os criadores do mundo inteiro. Como todos, confiamos na saúde da economia. No entanto, ao contrário de muitos, dependemos realmente de nossas sociedades na arrecadação de nossos direitos para podermos continuar criando. Precisamos de sistemas eficazes que captem o valor de nossas obras e exigimos daqueles que se beneficiam delas que nos paguem de forma justa. A boa saúde das indústrias criativas e a capacidade dos criadores de viver de seu trabalho é de vital importância tanto para a cultura como para a economia”.
Em uma entrevista, ele afirmou que “Isso não é um assunto que devemos reclamar porque agora estamos entrando em uma era completamente nova. Nós nunca escutamos tanta música. Algumas companhias digitais valem bilhões e, ainda assim, a maioria dos artistas no final do ano recebe o valor do preço de uma pizza sem pepperoni. Então, isso é algo que precisamos reajustar, precisamos reinventar um modelo de negócio para os artistas do século 21”.
Fonte: CISAC
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