A nova edição de JULHO/AGOSTO 2011 da Revista Trax Magazine, editado no França, está trazendo uma nova entrevista de duas páginas com o músico francês Jean Michel Jarre. O músico fala sobre o novo lançamento, a coletânea “Essentials & Rarities” e também sobre a concepção do “Concerto de Mônaco”. Entre as novidades, Jarre confirma que está preparando um concerto na Austrália para o próximo ano e que terá músicas do seu futuro novo álbum de estúdio, na qual confirmou que está sendo gravado com synths vintages (incluindo o Farfisa). E confirmou também que irá tocar mais em Festivais com sua turnê, igual ao que fez recentemente em Jenning na Dinamarca no começo do ano. Talvez em 2012 ele possa tocar de 30 a 40 datas. Também disse que infelizmente adiou shows da turnê 2011 nos Estados Unidos e espera levar o show pra lá no ano que vem e também confirmou que está preparando um concerto na Romênia com algo relacionado a Vampiros… Embaixo, reproduzimos partes desta entrevista. A revista também trás fotos de Jarre junto com os rolos “masters” de suas gravações antigas.
TRAX: QUAIS SÃO SEUS NOVOS PROJETOS?
JMJ – Tocamos recentemente no Festival Jelling, na Dinamarca este ano e vemos que o conceito da turnê se encaixa bem em festivais. Então, estamos preparando ir tocar em mais festivais no próximo ano. Caso contrário, tentaremos alcançar por volta de 30 a 40 datas, que serão um pouco diferentes, pois posso incluir dois pedaços revisados de faixas do “Rarities”. Vou passar este verão (inverno de 2011) trabalhando principalmente no meu novo álbum. Eu também tenho um projeto na Romênia cujo o tema vampiros eu me importo muito e está no meu coração e que poderá ocorrer este ano ou no próximo. E há sempre a turnê Americana, que ficou para o próximo ano, pois era muito trabalho este ano e também um grande projeto na Austrália, que iremos começar a trabalhar apartir de agora neste verão(inverno nosso). Ele será muito focado no “concerto ao ar livre” com inclusão de músicas do novo álbum.
TRAX: PARA O NOVO ÁLBUM, HAVERÁ COLABORAÇÕES?
JMJ – Colaborações é realmente algo que eu quero fazer, mas não de forma superficial. Hoje, por causa de tudo o que foi mencionado, eu preciso mergulhar neste novo álbum sozinho. Ao mesmo tempo, eu também quero trabalhar com pessoas que eu gosto, gente da cena francesa como Sebastien Tellier, Turzi, Koudlam, Vitalic, Mihini Geisweiller… Mas também com pessoas na Inglaterra e nos Estados Unidos. Estas colaborações não seriam para fazer remixes. O remix é uma concepção que me interessa cada vez menos, já que é um pouco datado. Um remix deve ser justificado como um tipo de automação – fazemos uma música e alguém tem que fazer um remix – é um pouco artificial. O que realmente me interessa, é uma colaboração na origem de uma música, ou para fazer – o que eu quero tentar no próximo álbum – uma colaboração de uma canção já existente.
Sim, eu amei o álbum de remixes “Sexuality” – remixes que eles dizem, embora eu ache que é mais do que isso – de Sébatien Tellier. É, para mim, um dos novos projetos mais bem sucedidos dos últimos anos, com música real. Existem também pessoas que me pedem para trabalhar na criação de seus álbuns. A produção de artistas é algo que estou muito interessado, mas tenho problema de TEMPO. E hoje, há uma reflexão real sobre o fato da criação de um selo (label): Eu tenho um estúdio em Bougival e quero fazer dele um lugar para compartilhamento, tanto de som como de imagem.
TRAX: VOCÊ SE VÊ COMO CHEFE DE UM SELO ?
JMJ – Hoje, a escala industrial não é mais parte do mundo da música e isso pode ser bom. Por 20 anos, houve um período negro na industria musical durante o qual o sistema pisou na bola. É hora de nós, os compositores da música, recuperarmos o sistema de produção. Isso está sendo feito, mesmo que seja difícil. Existem mais e mais selos, como no início do vinil, antes das pessoas começarem a vender CDs como potes de iogurtes.
Fonte: TRAX MAGAZINE \ thanks Coen (Dr.Jones) for Scans
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